#Eu sirvo para...
Depois de fazer uma lista que me deixou um pouco preocupada, descobri que sirvo pelo menos para:
Minha vida parece, às vezes, tão plain-plain que me comparo à gota de limão que acorda a água dormindo, mesmo assim, sorrio sempre para o meu vizinho que evita a convivência social e talvez por penitência, vive a expiar seus pecados. Aff!
Após refletir um pouco, outras coisas vêm também perturbar meus neurônios:
Depois, sinto um peso enorme sobre os ombros, um frio na barriga e um sentimento vazio a me envolver a alma, então, eu reajo: – Nossa, eu hein! Por isso, ontem decidi não ficar com essa questão sem resposta e assim, do nada, cheguei diante de minha irmã e disse:
– Para o que é que eu sirvo mana?
Mesmo que eu tivesse certeza que ela não teria a resposta, talvez ela me desse alguma alternativa para resolver meu problema, mas foi ela mesma quem me deu ainda mais razões para voltar a questionar:
– Hein mana? Diga-me, para o que é que eu sirvo?
Então, ela apelou para a filosofia, falou sobre o sentido que cada um dá à sua vida e blá, blá, blá... Isso fez o nevoeiro ficar ainda mais intenso em minha cabeça, mas teve algo que ela disse que deixei ficar suspenso lembrando um enorme ponto de interrogação, ou melhor, ficou fazendo “toin... toin” em meu cérebro:
“... A resposta é o 'x' da questão”!
Só que essa expressão é usada para selecionar, enfatizar ou ressaltar alternativas, tanto em teste, questionários ou quanto em situações comparativas. Pode ainda ser a única alternativa correta entre incorretas ou parcialmente corretas, mas também é usada para ressaltar a importância de um fato. Isso veio espontaneamente dela, de repente surgiu e me concentrei nessa frase. Bem, segundo ela, e se entendi direito:
– Não há resposta para isso. Seria preciso continuar sempre a se fazer a mesma pergunta, pois é isso que nos faz crescer!
Um pouco confusa respondi:
– Ok, mas isso não é o que eu queria ouvir, vou engavetar essa “para meditar” mais tarde!
Desde então, sinto um embate pairar entre eu e o meu ego, permaneço ansiosa para descobrir a resposta. Cheguei finalmente à conclusão que devo servir para alguma coisa e disso eu estou quase certa! Ou será que preciso continuar a ferver cada um dos meus neurônios para poder me reencontrar?