O sol se deitou hoje nas nuvens.
Amanhã haverá tempestades à tarde e à noite,
A seguir, a alvorada e seus clarões com matizes do arrebol
Chegarão noutros dias e noutras noites neste tempo que se esvai.
Todos os dias passarão, eles passarão em massa
Sobre a superfície dos mares e sobre a superfície dos montes,
Sobre os rios de prata e sobre as florestas que ecoam sons confusos
Semelhantes aos hinos aos mortos que já se foram...
A superfície das águas e a fronte das montanhas também envelhecerão,
Os bosques sempre verdes ressurgirão, assim como os rios das campanhas
Tomarão dos montes as ondas que eles darão aos mares.
E eu, a cada dia curvando mais baixo a cabeça morrerei e congelarei um dia,
Quem sabe? Sob esse sol deslumbrante e tão feliz,
Sem fazer falta a este mundo tão imenso e radiante!